segunda-feira, 16 de março de 2015

Bicudas na Costa Verde


Dia 14 de março, previsão de chuva fraca à tarde, lua minguante, água do mar em torno de 23 graus, vento fraco...vamos pescar. E assim foi, conforme combinado com meus amigos Bruno, Edinaldo, Rodrigo e Rodolfo. Na saída do Iate Clube Itacuruça, logo após a passagem pelo canal de Itacuruça, um pescador gritou: "Cadê a bolsa do lanche!?" Então eu disse: vamos voltar. Rapidamente manobrei a By Luca e encostei no cais do clube, enquanto um deles ia no estacionamento pegar a bolsa de lanche, que havia ficado na mala do carro. Partimos às 16:00h, um pouco tarde, mas como íamos passar a noite em Jorge Grego o atraso na saída foi insignificante. Alem das iscas artificiais, a turma levou um pouco de camarão, sardinha já limpa e cortada e pedaços de bonito, para a pesca de fundo. O mar estava "liso" e enquanto navegávamos eram preparadas as iscas de meia água, jigs, sapinhos, gotchas e outras iscas, proporcionando uma grande variadade de cores e formatos. Farol de Castelhane à frente, tendo ao lado a ilha de Guriri, hora dos primeiros arremessos e... peixe na linha. Não demoramos, pois o objetivo era Ilha de Jorge Grego, com todo seus encantos e surpresas. Iniciamos as batidas de isca em toda a frente da ilha, aparecendo apenas um pequeno xaréu, enquanto núvens escuras se afastavam para o norte e a noite chegava. Luzes acesas, linha no fundo e nada...de repente o Rodolfo gritou: "Tá cheio de peixe aqui, dá pra pegar com a mão!" De fato, marimbás, galos, pirajicas, olhos de cão e outros nadavam na popa da lancha, a menos de dois metros de profundidade e a festa começou. Bastava descer um pouco a isca velada e o peixe entrava. Se descesse até o fundo o vermelho cioba "engatava". No alto a briga pela isca ficava entre marimbá e olho de cão, que não deixavam outros peixes comer. Detalhe, dava pra acertar com arpão, mas nada de enchova, nada de olhete, nada de xaréu, só mesmo os famintos. Caixa já lotada, fomos descansar, pois tínhamos a manhã toda para bater o costão da ilha.  Pela manhã saímos devagar, ainda sonolentos e cansados, quando vimos uma lancha pequena com dois senhores, arremessando pequenas iscas de meia água, quando subitamente a varinha do véio envergou e foi de ponta na água, eram elas, as valentes bicudas! Vamos, vamos, vamos... foi uma alegria danada e a cada pancada uma satisfação. Como é bom pescar, sem poluir, sem agredir, sem reclamar!

Chegada no Iate Clube Itacuruça

Embarque do material de pesca

Vamos nós! "Cadê a bolsa do lanche?!"

Peixe à vontade

Só alegria

Segura o peixe

A cerveja geladinha não pode faltar

Mar liso na reta até a lage de Lopes Mendes

Amizade, respeito e união

Bruno e Mestre Ivo

O vizinho vai gostar

Tá nervoso? Vem pescar!
Então é isso, segurança, respeito, alegria e descontração, sem poluir ou agredir o mar, respeitando sempre o tamanho das espécies e as normas de navegação. Até a próxima!